Político e jurista brasileiro, ministro da Fazenda no governo provisório republicano (de janeiro de 1889 a novembro de 1891). Partidário da industrialização do país, sua política financeira, conhecida historicamente como Encilhamento, caracterizou-se pelo estímulo sem limites à expansão do crédito e à formação de sociedades por ações. A inexistência de instrumentos eficazes de controle dessas medidas, por parte do governo, possibilitou uma grande especulação na Bolsa de Valores, inflação e surgimento de companhias- fantasmas. Essa situação gerou uma forte oposição dos proprietários rurais, levando-o à renúncia. Sensível às tensões sociais, em 1919, por ocasião de sua segunda campanha eleitoral à presidência da República, defendeu a necessidade de uma legislação específica para atender os conflitos entre capital e trabalho. Deixou inúmeros escritos, entre os quais os mais conhecidos são: Questão Militar; Abolicionismo; Trabalhos Jurídicos; Swift (1889); Queda do Império; Diário de Notícias (1890); A Constituição de 1891 (1896); Cartas de Inglaterra (1902); Réplica (1919) e Oração aos Moços. Veja também Encilhamento.