Instituição criada em 1906 pelo governo do presidente Rodrigues Alves como instrumento de uma política de estabilidade cambial. A motivação central para a criação desta instituição foi a tendência da queda das cotações do preço do café no mercado internacional devido à superprodução de café observada no final do século XIX e início do século XX no Brasil. O estabelecimento de uma taxa de câmbio de 15 d. (pence) por mil-réis, além de significar o retorno ao padrão-ouro, ia ao encontro dos interesses dos cafeicultores e exportadores de café, que estavam sendo prejudicados não só pelas baixas cotações do produto no mercado internacional, mas também pelas fortes oscilações da própria taxa de câmbio. Associada à política de defesa dos preços do café estabelecida mediante o Convênio de Taubaté, a Caixa de Conversão contribuiu para a manutenção de uma taxa cambial estabilizada até o início da Primeira Guerra Mundial. Veja também Convênio de Taubaté; Caixa de Estabilização; Padrão-ouro.