Sistema de câmbio em que as taxas variam de acordo com a destinação do uso da moeda estrangeira. Acaba funcionando como um tipo de subsídio para a compra de alguns produtos e/ou como taxação na compra de outros. É adotado tanto para a importação quanto para a exportação, e alguns países o adotam oficialmente. O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas regulamentações de natureza cambial criam efeito semelhante. A taxa de câmbio para a compra de petróleo, por exemplo, é mais baixa do que a taxa oficial. Ao contrário, durante certo tempo, houve uma taxação de 25% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na compra de moeda estrangeira por turistas brasileiros que viajavam ao exterior, criando na prática um dólar mais caro do que o oficial para esse tipo de atividade. Estão no mesmo caso a taxação variável dos produtos de importação (com alíquotas maiores para os chamados supérfluos) e o confisco cambial incidente sobre produtos de exportação como o café.