Compra e venda ilegais de moedas estrangeiras, acima das taxas oficiais, com o objetivo de lucro. O mecanismo básico do câmbio negro consiste em obter divisas pela taxa oficial (ou ligeiramente acima) e vendê-las ao preço vigente nas transações paralelas. O mercado paralelo de divisas está mais sujeito a oscilações que o mercado oficial, pois o valor das transações obedece estritamente aos mecanismos da oferta e da procura. Nos períodos que antecederam a desvalorização da moeda nacional, por exemplo, observou-se uma demanda acentuada de moedas fortes, principalmente o dólar, ocasionando a escassez de divisas no mercado. O câmbio negro intensifica- se quando o controle cambial se torna mais rígido, geralmente em situações de crise no balanço de pagamentos. As transações ilegais são muito variadas, incluindo desde a simples compra e venda de divisas entre particulares (turistas, em sua maior parte) até complexas operações de transferência irregular de vultosas somas para o exterior, as quais retornam depois ao país para estimular ainda mais a especulação de moedas estrangeiras. Essas operações supõem a existência de redes de especuladores de divisas que atuam em vários países, tendo às vezes a conivência de funcionários de instituições monetárias e financeiras. Veja também Câmbio Livre.