Primeiro período da história econômica do Brasil, caracterizado pela exploração da árvore do mesmo nome (Caesalpinia cristal) e o pau-brasil do México (Caesalpinia echinata). Estendeu-se desde os primeiros anos após a descoberta até o início da segunda metade do século XVI, quando perdeu a primazia para a cultura da cana de açúcar. Sendo atividade apenas extrativa, consistia na coleta da madeira e sua remessa para a metrópole, onde era utilizada em marcenaria de luxo, fabricação de violinos, indústria naval e, principalmente, como corante. A Coroa portuguesa arrendava partes da região litorânea a comerciantes, que lhe deveriam entregar uma renda fixa e obrigavam-se a construir feitorias: os primeiros núcleos de população europeia no Brasil. Um dos primeiros arrendatários da Coroa foi Fernão de Noronha. Ao lado dos portugueses, os espanhóis e, principalmente, os franceses, também se dedicaram à extração do pau-brasil na costa brasileira, disso surgindo inúmeros conflitos que levaram a Coroa a criar as capitanias hereditárias. A extração do pau-brasil continuou sendo uma atividade relativamente rendosa até meados do século XIX, quando a invenção de corantes artificiais a tornou dispensável.