Conjunto de medidas de rígido controle político e econômico adotadas pelos bolcheviques após a Revolução Russa para enfrentar a guerra civil e a intervenção estrangeira. Abrange o período que vai de outubro de 1917 ao final de 1921, quando as forças brancas, apoiadas por tropas inglesas, francesas e japonesas, tentavam impedir a consolidação da revolução socialista liderada por Lênin e Trotski. Ao mesmo tempo que concentravam todos os poderes do Estado, os bolcheviques submeteram toda a economia nacional ao esforço de guerra, buscando a “estrita regulamentação da produção e do consumo num país cercado” e adotando as seguintes medidas: 1) nacionalização das empresas; 2) expropriação dos bens de todos os emigrados; 3) confisco de toda a produção agrícola; 4) controle estatal da comercialização dos alimentos; 5) racionamento dos artigos de primeira necessidade; 6) trabalho obrigatório para todos (sob o lema “quem não trabalha não come”); 7) coletivização das grandes propriedades rurais. Com a guerra e o impacto dessas decisões, a economia foi totalmente desorganizada. A produção industrial reduziu-se a um quinto da anterior à guerra e a produção de carvão ficou apenas em um décimo da normal. A população de Moscou ficou reduzida à metade e a de Petrogrado diminuiu em 70%. Com a devastação dos campos e a resistência dos camponeses em aceitar o confisco das colheitas que reduzia as provisões familiares dos pequenos e médios agricultores, a fome matou milhões de pessoas. No final de 1921, com o fim da guerra civil e a retirada das forças estrangeiras, o Partido Comunista, objetivando a reconstrução econômica do país, decidiu adotar a Nova Política Econômica (NEP). Veja também NEP; Planos Quinquenais.