Medida da variação dos preços de bens e serviços consumidos por uma amostra representativa da população de uma região, em certo período de tempo. Permite avaliar quantitativamente o poder de compra dos salários e o valor real da moeda. Os diversos métodos de cálculo do índice do custo de vida tomam como base o orçamento- padrão de uma amostra de famílias e incluem uma série de bens e serviços básicos devidamente ponderada. Para que o índice esteja sempre atualizado, é necessário rever periodicamente o orçamento-padrão e o preço de cada um dos itens. No Brasil, os primeiros estudos sistemáticos sobre o assunto datam de 1936 e tinham por objetivo fornecer elementos para a fixação do salário mínimo, instituído dois anos mais tarde pelo governo Vargas. Na atualidade, as principais instituições que se dedicam ao assunto são a Fundação Getulio Vargas, do Rio de Janeiro, o Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de São Paulo, e o IBGE. Esses índices não são diretamente comparáveis entre si porque diferem em seus campos de aplicação. O índice da Fundação Getulio Vargas mede, desde 1944, as variações de preços para o conjunto da população carioca e oferece uma média para os diferentes níveis de renda. O do Instituto de Pesquisas Econômicas mede as variações de preço para uma classe de renda modal na cidade de São Paulo. O Dieese ocupa- se das variações do custo de vida dos trabalhadores de São Paulo, dividindo-os em três estratos, de acordo com os salários recebidos. E, finalmente, o do IBGE calcula o INPC em bases nacionais. Veja também DIEESE; FGV; IBGE; INPC.