Diferença que pode existir, especialmente nos gastos públicos, entre o momento em que uma despesa é realizada e o momento em que é efetivamente paga. Nas economias onde existe um processo inflacionário intenso e onde o mecanismo da correção monetária não se aplica em todos os contratos, esse prazo pode criar fortes distorções dos valores reais efetivamente transacionados, causando perdas para os fornecedores do setor público ou para o próprio setor público, dependendo da forma na qual os contratos forem assinados e as formas indexadas ou não das receitas públicas. No caso brasileiro, durante o período de vigência da URV (28/2/1994 a 30/6/1994), as administrações (governos) que converteram para a URV suas despesas, e não tiveram suas receitas também convertidas, acusaram desequilíbrios financeiros sérios.