Dinheiro – denominação genérica do meio de pagamento mais comum em praticamente todos os países.
Termo correspondente em inglês – money ou cash
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Afinal, o que é dinheiro?
Nas línguas ocidentais, é a designação do meio de pagamento geralmente utilizado nas trocas, a moeda metálica. Assim, a palavra dinheiro, em português, tem origem na palavra latina denarius, moeda de prata equivalente a dez ases, que eram moedas de cobre de uso corrente na Roma Antiga. Em inglês, o termo money conservou o sentido específico de moeda até o final do século passado, quando se generalizou seu significado como dinheiro. A vigência do metalismo, ou correspondência do valor da moeda ao ouro ou à prata, fez com que em alguns países ainda hoje esses metais nobres sejam sinônimos de dinheiro, como na Alemanha (geld, da palavra gold que, em alemão, significa ouro) e na França (argent, que em francês significa também prata). Da mesma forma, até poucos anos atrás era comum no Brasil ouvir-se a expressão ganhar uns cobres, pois durante o século XIX e início do século XX, existiam muitas moedas cunhadas em cobre, assim como na Argentina o dinheiro é designado pela palavra plata (prata) e o nome do próprio país evoca a palavra argent (prata, em francês). É interessante observar também como certas palavras indicativas de alguma relação com o dinheiro revelam ainda períodos remotos da história dos meios de pagamento. Os termos pecúnia e pecuniário, por exemplo, originam-se da palavra latina pecus, que significa gado, o que indica a utilização que se fazia no passado remoto de bois e outros animais como meio de troca e pagamento. Nas chamadas sociedades primitivas ou em estágio ainda muito próximo de uma economia natural, os mais variados objetos serviram como meio de troca: conchas, colares, ossos, peles, sementes etc. A generalização de um único meio de pagamento, isto é, a transformação de uma mercadoria como o gado, o sal, ou um metal como o ouro, ou a prata em equivalente geral, uma mercadoria na qual todas as demais expressavam o seu valor, e a fixação de unidades monetárias representaram o fim do período do escambo, quando as trocas e os pagamentos se faziam in natura, ou seja, quantidade x de um produto trocada por quantidade y de outro. Além da determinação de ser equivalente do valor de todas as demais mercadorias, o dinheiro adquiriu uma série de outras funções como decorrência do próprio desenvolvimento do mercado num primeiro momento e do capitalismo em geral. A primeira característica, prévia a todas as demais, é de ser um meio de troca, utilizado no intercâmbio de mercadorias, serviços, e mesmo na aquisição de dinheiro estrangeiro (divisas). Outra função do dinheiro é a de representar uma medida de valor que serve para comparar o valor das mercadorias entre si, tomando por base o preço de cada uma em relação à mercadoria padrão (equivalente geral), que passou a ser o próprio dinheiro. A terceira função é a de diferir pagamentos, isto é, o dinheiro permite realizar determinadas transações estabelecendo-se prazos para o pagamento, vencidos os quais o comprador deverá pagar o valor estipulado no momento em que adquiriu uma mercadoria. Uma quarta e última função, intrinsecamente vinculada à anterior, é a de reserva de valor, que possibilita o entesouramento ou reserva de dinheiro sem que este perca o seu valor, o que originou o processo de poupança, elemento básico na formação de capital. Para que possa cumprir todas essas funções, o dinheiro deve necessariamente apresentar algumas características, como a divisibilidade, a durabilidade, a estabilidade e a homogeneidade. Ou melhor, o material no qual o dinheiro está representado e que lhe serve de base deve ser divisível para facilitar as operações de compra e venda e o transporte; a durabilidade é essencial, pois não seria conveniente que um material que representasse o valor ou fosse uma forma de manutenção da riqueza se diluísse ou estragasse de forma tal a provocar uma perda para o seu possuidor; mesmo o papel-moeda fabricado com material mais facilmente destrutível do que as moedas metálicas é feito com papel de alta resistência. A estabilidade é também muito importante, pois não é conveniente que a mercadoria que sirva como expressão do valor de todas as demais tenha seu valor variável, isto é, as oscilações para mais ou para menos podem prejudicar o desenvolvimento dos negócios. Tais oscilações são características de épocas inflacionárias ou deflacionárias, e não dependem em geral do material de que é feito o dinheiro. A homogeneidade do material que constitui o dinheiro também é muito importante para evitar que existam diferenças de valor, por exemplo, em duas moedas do mesmo valor facial, mas compostas de um material que possa representar mais valor num caso do que em outro. O valor do dinheiro é inversamente proporcional ao índice geral de preços. Se a quantidade de dinheiro crescer em maior proporção do que a quantidade de bens e serviços existentes no mercado, haverá elevação do índice geral de preços (se considerarmos que a velocidade de circulação da moeda permanece constante); se a quantidade de dinheiro crescer menos intensamente do que os bens e serviços colocados no mercado, haverá queda de preços ou deflação, supondo também que a velocidade de circulação da moeda não se altere. Com o desenvolvimento do capitalismo, a função da moeda de diferir pagamentos ganhou enorme importância ao engrossar as possibilidades de crédito brindadas pelos bancos. O crédito, ou a moeda escritural, também deve ser levada em conta quando avaliamos o total de meios de pagamento existentes numa economia, e, portanto, este tipo de moeda também deve ser levado em consideração quando estimamos as relações entre a quantidade de moeda em circulação, os bens e serviços colocados no mercado, a velocidade de circulação da moeda e o resultante nível geral de preços. O termo também era utilizado no passado para designar o título ou o toque das moedas de prata. O máximo que poderia ser alcançado seria uma moeda de 12 dinheiros, isto é, uma moeda totalmente fabricada com prata. Uma moeda de prata de 9 dinheiros seria constituída de 3 / 4 de prata e 1 / 4 de outro metal, que formaria sua liga. As moedas cunhadas em Portugal e no Brasil tinham o toque de 11 dinheiros, ou 11 / 12, ou 0,91666 de toque. Dinheiro era também a denominação dada às moedas de cobre em Portugal durante o reinado de D. João I. Veja também Deflação; Inflação; Moeda Escritural; Moeda; Moeda Legal; Moeda-papel; Papel-moeda; Teoria Quantitativa do Valor da Moeda; Velocidade de Circulação da Moeda; Xenxém, Crise do.
Olá eu tenho uma moeda 100Réis 1889
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