Denominação dada às economias socialistas, por oposição à descentralização que caracteriza as economias capitalistas ou de mercado. Distingue-se pela propriedade estatal dos meios de produção e pela planificação centralizada da economia nacional. O Estado, por meio de órgãos especializados, administra a produção em geral, determinando seus meios, objetivos e prazos de concretização; organiza os processos e métodos de emprego dos fatores de produção; controla de forma rígida os custos e preços dos produtos; controla ainda os mecanismos da distribuição e dimensiona o consumo. Embora tenha aparecido pela primeira vez nos trabalhos de Sismondi, a questão da economia do bem-estar adquiriu destaque no âmbito do pensamento econômico com a obra de A.C. Pigou: Economics of Welfare (Economia do Bem-estar), 1920. Pigou procurou superar o caráter subjetivo do bem-estar, os estados de consciência, e submetê-lo a uma quantificação com base na moeda. Isto é, a quantidade de satisfação de bens deve ser igual à quantidade de moeda. A partir de 1934, essa questão foi aprofundada com o surgimento da nova economia do bem-estar, escola à qual estão ligados os nomes de Hicks, Kaldor, Little, Lerner, Hoteling, Samuelson, Lange, Bergson e outros. Retomando o sistema das configurações ótimas de Pareto, esses economistas concluíram que a obtenção do bem-estar econômico seria o resultado da escolha feita entre os inúmeros ótimos de produção. Ao contrário de Pareto, que dizia que a imposição de uma configuração máxima ou ótima implica o prejuízo da concorrente (não se pode, por exemplo, dar a alguém sem tirar de outrem), os adeptos da nova economia do bem-estar preconizam a eliminação desse prejuízo, desde que, alcançada a nova configuração ótima, os que melhoram de situação garantam a existência de recursos suficientes para indenizar os que foram socialmente prejudicados. Essa formulação abre espaço para aplicação de políticas governamentais distributivas que garantam o bem-estar socioeconômico do conjunto dos indivíduos (a mais ampla escolha de bens e serviços) sem alteração do sistema econômico. Veja também Estado do Bem-Estar.