Expressão empregada por Karl Marx para designar o conjunto dos trabalhadores desempregados. A esse mesmo contingente humano ele deu também a denominação de população relativa excedente. Ao contrário de todos os economistas que o precederam, Marx analisou a existência do exército industrial de reserva como um fenômeno inerente à própria produção capitalista. Para ele, os capitalistas, a fim de vencerem os concorrentes, são obrigados a empregar continuamente novas máquinas, com o intuito de baratear os custos de produção e aumentar a produtividade do trabalho. O emprego de novas máquinas e novos equipamentos leva à diminuição da parte relativa à mão de obra, o que provoca o chamado desemprego tecnológico. Marx analisa também outras formas de criação do exército industrial de reserva: mão de obra de jovens que não são absorvidos em sua totalidade pelo mercado de trabalho; trabalhadores agrícolas que têm empregos temporários ou que se deslocam para a cidade em decorrência da mecanização da agricultura; pequenos proprietários e artesãos arruinados. Marx salientou o fato de que o capitalismo, mesmo em época de prosperidade, necessita da existência de um número razoável de trabalhadores desempregados com a finalidade de impedir uma maior pressão sobre o preço dos salários. Veja também Marx, Karl Heinrich.