Sinônimo de sofisma, estudado e classificado por Aristóteles. Consiste em concluir partindo-se de uma proposição particular para uma universal, ou em tratar o que é acidental como essencial. Também se aplica a proposições que parecem verdadeiras sem o ser. As falácias econômicas envolvem com frequência o elemento tempo e a chamada composição da proposição. A falácia que utiliza o tempo ocorre em proposições econômicas que não definem claramente sua dependência do fator tempo. Por exemplo, muitos autores acreditam que não pode ser considerada verdadeira a proposição segundo a qual, numa economia dinâmica, sujeita a vários choques e influências, as principais variáveis (salários, lucros, preços e custos) encontrarão sempre seu nível de crescimento, mas sim que elas estarão sempre tendendo a encontrar esse nível. A falácia de composição da proposição deve-se à prática de ampliar, no final do argumento, a significação de termos utilizados de modo restritivo em seu início. Esse tipo de confusão produz grande número de erros vulgares, que consistem em supor que o que é verdadeiro em relação a uma parte será, apenas por isso, tido como verdadeiro em relação ao todo. Por exemplo, afirmar que uma ação considerada útil para um indivíduo ou uma empresa o será também para o conjunto de um país. Outros tipos de falácias surgem quando quantidades variáveis são tratadas como fixas — como na antiga “lei de bronze” de Lassale, pela qual os salários tenderiam a equilibrar-se no nível da simples subsistência. Alfred Marshall procurou denunciar esse tipo de sofisma, introduzindo na teoria econômica uma nova compreensão pela qual diferentes fatores determinam-se mutuamente.