Área da economia que engloba os ramos de atividade e os processos relacionados com a gestão dos recursos públicos, privados, dinheiro, crédito, títulos, ações e obrigações pertencentes ao Estado, às empresas e aos indivíduos. Refere-se ao sistema financeiro, que engloba os estabelecimentos financeiros e seus agentes: bancos centrais, bancos comerciais, bancos de desenvolvimento, de investimentos, instituições não bancárias de crédito (como, por exemplo, as associações de poupança e empréstimos), instituições cooperativas, sociedades de investimento, casas de câmbio, Bolsas de Valores, corretoras e agentes intermediários na colocação de valores. As finanças constituem representações simbólicas e indiretas de atividades econômicas reais. Os papéis financeiros, por exemplo, representam e promovem fenômenos econômicos, como a transferência de fundos acumulados por pessoas ou entidades, destinados ao pagamento de, em última instância, algum trabalho produzido. A poupança é também parte importante das finanças e constitui o produto do trabalho que excede as necessidades da população. Numa sociedade monetarista, a poupança é encaminhada ao setor financeiro para ser acumulada e aplicada. No regime capitalista, a captação da poupança é realizada por empresas privadas. Num regime socialista, é o Estado que monopoliza a captação da poupança. As instituições financeiras são entidades que se dedicam à captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros. Podem ser públicas ou privadas e, no Brasil, devem ter autorização do Banco Central para operar. Se forem empresas estrangeiras, necessitarão de autorização de funcionamento por meio de decreto do poder executivo. As principais instituições no Brasil são: Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Nacional da Habitação (BNH), sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, cooperativas habitacionais, cooperativas de crédito, bancos comerciais privados, sociedades financeiras, Bolsas de Valores, sociedades distribuidoras de valores, sociedades corretoras e outras. As finanças empresariais tratam da vida financeira das empresas e possuem um corpo de conhecimento bem definido. Em sua origem, as entradas das empresas provêm da contribuição dos sócios para a formação do capital social. Essa entrada, em geral, costuma ser aumentada pela obtenção de financiamento. Já em funcionamento, a principal fonte de recursos da empresa provém das vendas de seus produtos. Essas vendas podem ser efetuadas à vista, caracterizando-se então uma entrada financeira, ou a prazo, que caracterizará uma entrada denominada formação de crédito. Quanto aos gastos: na fase de implantação e nas de ampliação, a empresa gasta recursos em investimentos. Quando em funcionamento, a saída de recursos resulta da compra dos fatores (mão de obra, matéria-prima, energia e serviços), do pagamento de encargos (juros, aluguéis e impostos) e de quaisquer outros gastos necessários à produção ou comercialização de seus produtos. Mais modernamente, em decorrência da complexidade da vida econômica e do crescimento da renda de algumas categorias de pessoas, surgiu um novo ramo das finanças, que se encarrega de estudar alguns temas específicos. Denomina- se finanças individuais e estuda problemas como o orçamento familiar, a utilização de mecanismos de crédito para o consumidor, a aplicação mais vantajosa para a poupança privada e a diversificação das fontes de renda pessoal. Historicamente, a palavra “finanças” foi inicialmente aplicada para referir-se à “Fazenda Real”, que constituía a parte dos bens do Estado à qual o rei tinha direito para satisfazer suas necessidades. Depois, passou a ser empregada para designar a administração dos dinheiros públicos. À medida que se ampliava o setor financeiro das nações, que se expandiam os negócios da Bolsa de Valores e as transações imobiliárias, que se desenvolvia o sistema bancário e crescia o sistema de crédito, a palavra “finanças” ampliou também seu significado até atingir a abrangência dos dias de hoje, quando, em termos econômicos, engloba todo o setor financeiro nacional e o internacional.