Economista brasileiro, idealizador e primeiro superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e ministro do Planejamento no governo de João Goulart (1961-1964). Foi também um dos diretores da Cepal (1949) e do então BNDE (1953), hoje BNDES. Após o golpe militar de 1964, teve os direitos políticos suspensos e exilou-se, passando a lecionar na Sorbonne, em Paris, nas universidades de Washington, nos Estados Unidos, e de Cambridge, na Inglaterra. Antes de 1964, escreveu livros importantes, como Formação Econômica do Brasil, 1959, e a A Pré- Revolução Brasileira, 1962. Posteriormente, reviu suas posições desenvolvimentistas puramente econômicas e passou a dar maior importância aos fatores sociais e políticos. Desse período datam, entre outros, os livros Subdesenvolvimento e Estagnação na América Latina, 1966, Um Projeto para o Brasil, 1968 e A Fantasia Organizada, 1985. Foi ministro da Cultura no governo de José Sarney, entre 1985 e 1988. Em 1997 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Era doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa (Portugal), Université Pierre Mendés-France (Grenoble, França), Universidade Estadual de Campinas, Universidade Nacional de Brasília, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Estadual do Ceará, Universidade Estadual Paulista e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi, junto com Raul Prebisch, um dos mais expressivos representantes do pensamento estruturalista da Cepal no Brasil, e um dos mais importantes economistas brasileiros do século XX. Veja também Cepal; Estruturalistas; Prebisch, Raul.