Economista inglês que, baseado em Keynes, procurou demonstrar, por meio de um modelo puramente abstrato, as condições teóricas do crescimento equilibrado da economia capitalista. Apresentou sua teoria no artigo “An Essay in Dynamic Theory” (“Um Ensaio sobre Teoria Dinâmica”), 1939, e a desenvolveu no livro Towards a Dynamic Economy (Para uma Economia Dinâmica), 1948. O modelo de Harrod baseia-se na igualdade keynesiana entre poupança e investimento. Considera ainda o coeficiente capital/produto (número de unidades de capital necessárias à elaboração de uma unidade do produto) e a propensão à poupança; e pressupõe que o único fator de produção é o capital, sendo que o fator trabalho se associa a ele em proporções predeterminadas, e que o crescimento demográfico influi apenas sobre o crescimento da renda per capita. De modo geral, o modelo de crescimento equilibrado tenta demonstrar que, se a quantidade de dinheiro poupada pelos consumidores for igual à quantidade investida pelas empresas em cada período, a economia tenderá a crescer a uma taxa adequada; e essa taxa será determinada pela propensão marginal à poupança e pelo incremento da taxa de investimento do capital. O modelo de Harrod seria complementado pelo de E.R. Domar, e sua análise pós-keynesiana de crescimento teria continuidade nas obras de Kaldor e Robinson. Entre outras obras, Harrod escreveu International Economics (Economia Internacional), 1933; The Life of John Maynard Keynes (A Vida de John Maynard Keynes), 1951; Policy against Inflation (Política contra a Inflação), 1958; Reforming the World’s Money (Reformando o Dinheiro Mundial), 1965; Towards a New Economic Policy (Para uma Nova Política Econômica), 1967; Dollar-Sterling Collaboration (A Colaboração entre o Dólar e a Libra Esterlina), 1968; e Money (Dinheiro), 1969.