SIMON (1916- ). Economista norte-americano. Recebeu o Prêmio Nobel de Economia de 1978 por suas pesquisas pioneiras sobre o processo de tomada de decisões dentro das organizações econômicas, criando um instrumental analítico possível de ser estendido à administração pública e a várias modalidades de planejamento. Nesse trabalho, mostrou o artificialismo da teoria clássica da empresa, que pressupõe a noção plenamente racional de empresários com acesso à totalidade das informações, voltados para a máxima elevação dos lucros. Essa construção artificial deu lugar, em suas pesquisas, a um modelo psicossocial no qual aqueles que tomam as decisões não podem escolher a melhor alternativa: Sua capacidade de ação racional é limitada pela falta de conhecimento sobre as consequências de suas decisões e por suas ligações pessoais e sociais. Deveriam então contentar-se com soluções aceitáveis para problemas graves. Simon doutorou-se em ciências políticas em 1943, na Universidade de Chicago, e foi diretor de estudos em matérias de medidas administrativas da Universidade da Califórnia. Foi também professor do Instituto de Tecnologia de Illinois e de Administração na Universidade de Carnegie Mellon (Pittsburgh), em 1949. Posteriormente, em 1965, lecionou ciências informáticas na mesma universidade. Publicou diversas obras sobre matemática aplicada, estatística, análise operacional e administração e negócios. Em seu livro Administrative Behaviour (Comportamento Administrativo), oferece uma nova definição de empresa: um sistema adaptável de comportamentos físicos, pessoais e sociais, mantidos unidos por uma rede de intercomunicações e pelo desejo de seus membros de cooperar e lutar com um objetivo comum. Veja também Escola de Chicago.