Conceito desenvolvido por Adam Smith em seu livro A Riqueza das Nações, significando uma coordenação invisível que assegura a consistência dos planos individuais numa sociedade onde predomina um sistema de mercado. De acordo com Smith, um indivíduo que busca apenas seu próprio interesse é na verdade conduzido por uma mão invisível a obter um resultado que não estava originalmente em seus planos. Esse resultado obtido corresponderia ao interesse da sociedade. A concepção de Smith, embora tenha correspondência na realidade, não significa que o mercado funcione tão bem assim conduzido pela mão invisível. As crises, as distorções e desigualdades na distribuição da renda, a existência de desemprego crônico e elevado significam que a mão invisível nem sempre proporciona a harmonia entre os interesses individuais e os da sociedade. Esta questão, entendida como as condições do equilíbrio geral, foi retomada por Leon Walras (1834-1910) no final do século XIX, por Arrow (1921) e Debreu (1921-2005), no século XX. Veja também Equilíbrio Geral; Laissez-Faire; Smith, Adam.