Método de raciocínio que consiste em chegar a conclusões de validade geral a partir de conhecimentos particulares, tomando-se a observação dos fatos do mundo empírico como base para generalizações posteriores. Contrapõe-se ao método dedutivo, que parte do conhecimento geral para o particular. O método indutivo assumiu especial importância no início da Idade Moderna, quando se constatou que o pensamento científico deveria basear-se nas induções a partir de observações empíricas, e não apenas da dedução silogística, até então considerada a única forma perfeita de conhecimento. Nessa época, Francis Bacon foi o maior teórico do método indutivo, com a obra Novum Organum. No século XIX, destacou-se o trabalho de John Stuart Mill. Como a indução se baseia na seleção e observação de vários fatos particulares, a variação de fatos escolhidos permite a elaboração de uma teoria sempre modificável, fluida. Assim, o maior defeito apontado no método indutivo e sua aplicação em economia é que ele torna impraticável atingir um grau de finalidade no pensamento econômico. Um sistema teórico baseado apenas no método indutivo está sempre aberto a novas observações, que podem levar a diferentes conclusões. A validade do sistema depende também do tipo de escolha de fatos observados e utilizados para fazer afirmações de caráter geral.