Sistema de contabilidade, também denominado Método de Veneza, em que os registros são colocados simultaneamente no ativo e no passivo, sendo que a soma dos elementos do primeiro deve ser igual à soma dos elementos do segundo. Ou melhor, este método constitui a base do sistema contábil moderno, no qual todas as transações de uma empresa são decompostas em dois elementos básicos: 1) a origem dos recursos; e 2) o destino dos recursos. O capital de uma empresa, por exemplo, figura no ativo como edificações, máquinas e recursos financeiros imobilizados. Ao mesmo tempo, esse capital é registrado no passivo como um débito da empresa para com seus acionistas, classificado como débito não exigível. Existem evidências históricas de que esse método já tenha sido usado durante os séculos XIII e XIV em Florença, Veneza e Gênova, permitindo grande avanço na racionalização das operações monetárias e o aparecimento dos conceitos de capital fixo e capital circulante, de rotação de capital e de preço de custo. O primeiro livro a descrevê-lo foi publicado em 1494, de autoria de um frade franciscano, Luca Paccioli (Summa de Arithmetica Geometria Proportioni et Proportionalità), professor de matemática e teologia nas universidades de Florença, Pisa, Bolonha e Roma. Veja também Ativo; Contabilidade; Passivo.