Economista inglês de linha neoclássica, discípulo e sucessor de Alfred Marshall na cadeira de economia política em Cambridge, cuja elaboração teórica procurou desenvolver e tornar mais clara. É considerado um dos pioneiros da “economia do bem-estar”, título de sua obra mais famosa, Economics of Welfare (1920). Uma de suas principais contribuições à teoria de Marshall foi o chamado “efeito Pigou”, que consiste na estimulação do emprego por meio de um aumento do valor real do balanço líquido em consequência de um declínio dos preços. Como o valor real da riqueza aumenta, o consumo também deveria aumentar, incrementando a renda e o emprego. Outras propostas, tais como a elevação artificial da taxa média dos salários como meio de combater o desemprego, provocaram acesa polêmica com John M. Keynes e outros economistas. Na Economia do Bem-Estar, Pigou analisou as políticas econômicas relacionadas com os efeitos sobre o volume e a distribuição do produto nacional. Aplicou o conceito de utilidade marginal a grupos sociais e distinguiu os efeitos da atividade econômica sobre aqueles que a dirigem — o que chamou de “produto marginal privado líquido” — dos efeitos sobre a sociedade em seu conjunto, o “produto marginal social líquido”. A realização do máximo do bem-estar na sociedade dependeria da igualdade dos produtos marginais sociais líquidos, que só poderia ser obtida com a intervenção estatal. Sua ênfase no volume, distribuição e estabilidade da renda nacional está presente em seus outros livros: Wealth and Welfare (Riqueza e Bem-Estar), 1912; Unemployment (Desemprego), 1914; Essays in Applied Economics (Ensaios em Economia Aplicada), 1922; The Theory of Employment (A Teoria do Emprego), 1933; Economics of Stationary Statesm (Economia dos Estados Estacionários), 1935; Employment and Equilibrium (Emprego e Equilíbrio), 1941, e Lapses from Full Employment (Lapsos do Pleno Emprego), 1945. Veja também Efeito Pigou; Taxa Pigouviana.