Planos de desenvolvimento econômico instituídos na União Soviética a partir de 1928, definindo metas de produção para todos os ramos da economia, que a seguir eram detalhados no circuito de cada empresa industrial ou agrícola. Marcaram o início do efetivo planejamento da economia estatal soviética, modelo seguido posteriormente por todos os países socialistas. O Primeiro Plano Quinquenal cumpriu-se em apenas quatro anos (1928-1931). Foi responsável pela coletivização da agricultura e pelo início da industrialização pesada na ex-URSS, provocando profundas modificações na estrutura socioeconômica do país. Até a morte de Stálin, em 1953, seriam executados mais quatro planos de importância decisiva para a criação de um parque industrial apto a fazer frente à invasão nazista e transformar a ex-URSS, no pós-guerra, na segunda maior potência do mundo. Apesar desses avanços, o caráter excessivamente centralista e burocrático da planificação foi apontado por vários críticos — inclusive soviéticos — como o maior obstáculo ao pleno êxito dos planos quinquenais. Muitas vezes as metas propostas foram demasiadamente otimistas, sendo ignoradas pelas empresas. Assim, em 1959 o Sexto Plano Quinquenal foi substituído pelo Plano Setenal, iniciando-se no último ano de sua execução as reformas propostas pelo professor Y. Liberman e aprovadas pelo XXIII Congresso do Partido Comunista da União Soviética, no sentido de dar maior flexibilidade à economia. Em 1966, as atividades produtivas voltaram a ser orientadas por um novo plano quinquenal, encerrado em 1970. No plano para 1971-1975, a maior preocupação foi com a mecanização da agricultura, na tentativa de libertar o país das frequentes importações de trigo dos Estados Unidos, Canadá e outros países. Veja também Gosplan; Planejamento; Planificação; Stálin, Josef; Stalinismo.