C.). Filósofo grego que se ocupou também do reformismo social. De visão aristocrática, propôs em sua obra A República uma utópica cidade-estado, que se contrapunha à democracia ateniense e equivaleria a uma oligarquia. Nesse Estado ideal haveria, acima dos escravos, três classes de cidadãos: os reis-filósofos, que teriam a incumbência de governar; os guardiães, que cuidariam da segurança interna e externa; e os artesãos e comerciantes, que trabalhariam para prover as necessidades da população. Nas duas primeiras classes, que na prática correspondiam aos detentores do poder (governantes e militares), não haveria propriedade privada, sendo todos os bens de gozo comum; também não haveria família, encarregando-se o Estado da educação das crianças. A realização de tal modelo de sociedade só seria possível a partir de um sistema educacional que, desde a primeira infância, selecionaria cada indivíduo de acordo com suas aptidões, a fim de integrá-lo em uma das classes. Veja também Aristóteles.