Corrente política de tendência socialista, que orienta a ação dos partidos trabalhistas (Inglaterra e Israel), socialistas (França, Itália, Bélgica, Espanha e Portugal) e social-democratas (Alemanha, Áustria e países escandinavos). Propõe a mudança da sociedade capitalista por meio de reformas graduais, obtidas dentro das normas constitucionais da democracia representativa. Nesse sentido, os social-democratas defendem uma política governamental voltada para a estatização de setores básicos da economia, elevada tributação sobre os lucros das grandes empresas, cogestão operária nas indústrias, assistência médica e educação gratuitas para toda a população, seguro-desemprego, amplas liberdades sindicais e livres negociações coletivas entre patrões e empregados, sem intervenção do Estado. Na Europa, a social-democracia floresceu sobretudo na Inglaterra, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca, cujos governos social-democratas implantaram uma sólida política de bem-estar social, com medidas que na maioria dos casos foram respeitadas até mesmo pelos governos liberais ou conservadores. A social-democracia, como corrente política, surgiu em 1875 com a criação do Partido Social Democrata Alemão, o primeiro de tendência marxista no mundo e que serviria de modelo para os que se lhe seguiram. Na mesma época, foram fundados partidos social-democratas na Bélgica, na Áustria, na Rússia e, posteriormente, na França. Esses partidos integraram a II Internacional até a Revolução Russa de 1917, quando passaram a opor-se à política leninista. Desvinculada do marxismo-leninismo, a social-democracia declinou no período entre guerras, com a ascensão do fascismo, voltando a firmar-se como uma das principais forças políticas da Europa após a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, os princípios social-democratas vêm ganhando força também em áreas do Terceiro Mundo, sobretudo em países latino-americanos como a Costa Rica, a República Dominicana, o Brasil, a Venezuela e a Nicarágua.