Denominação aplicada às atuais sociedades capitalistas altamente desenvolvidas, na medida em que estariam apresentando tendência à homogeneização do comportamento, dos valores e das expectativas de todas as camadas sociais. A sociedade de massas seria a negação da sociedade de classes, na qual as desigualdades sociais geram formas diferenciadas de consumo e de aspirações. Na sociedade de massas, o nivelamento do consumo e dos modos de pensar resultaria da ação dos meios de comunicação de massa (rádio, televisão, cinema, jornais e revistas), que reorientam as condições de decisão e atuação dos homens, mesmo havendo desigualdade de riquezas. Em consequência, desapareceram o caráter classista das reivindicações, a ênfase contestatória e a possibilidade de construir partidos revolucionários. Algumas correntes sociológicas, no entanto, consideram que essa caracterização é ideológica, sem correspondência na realidade social, servindo apenas para mascarar a existência das classes sociais. Reconhecem haver uma padronização de comportamento, gerando o que Marcuse chamou de “homens de uma só dimensão”, mas isso derivaria de formas sofisticadas de dominação, reproduzidas constantemente pelo apelo consumista e pela cultura de massas. Veja também Sociedade de Consumo.