Taxas pagas sobre os direitos de importação e exportação, transporte de carga e prestação de serviços em geral. Em sua acepção estritamente alfandegária, os sistemas tarifários podem ser livre-cambistas, visando a obter receita orçamentária, ou protecionistas, quando têm por finalidade a defesa da produção nacional contra a concorrência estrangeira no mercado interno. As tarifas podem ser tomadas em bases ad valorem, ou seja, como certa porcentagem do valor da mercadoria, ou em bases específicas, isto é, como uma quantidade por unidade, peso ou volume. Podem também ser preferenciais ou não discriminatórias: por exemplo, as importações da Grã-Bretanha originárias de países pertencentes à Comunidade Britânica pagam impostos mais baixos que as provenientes de outros países. Desde a Segunda Guerra Mundial, existe uma tendência a evitar o uso das tarifas como instrumento de política nacional. Os modernos acordos comerciais procuram em geral reduzir as tarifas e recorrer a outros meios — sobretudo créditos internacionais — para resolver problemas relacionados com a balança comercial, com o desenvolvimento econômico e outros que tradicionalmente motivavam a adoção de tarifas mais elevadas. As questões tarifárias deixaram assim de ser problema exclusivo de soberania nacional, passando para o âmbito de acordos internacionais, como o ex-Gatt (agora OMC), ou de blocos regionais, como o Mercado Comum Europeu. Veja também Barreiras Não Tarifárias; GATT; MCE; OMC.