Taxa mínima de atratividade (TMA) – menor taxa de retorno aceitável num investimento ou projeto de; é o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento.
Termo correspondente em inglês – Hurdle Rate.
Veja também – Taxa interna de retorno, Taxa interna de retorno modificada, e Valor presente líquido.
Afinal, o que é Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?
Sob a ótica do investidor, a Taxa Mínima de Atratividade é o valor mínimo aceitável (em termos percentuais) que uma pessoa ou entidade deseja obter para realizar determinado investimento. Se a taxa de retorno esperada está abaixo da taxa limite, o investimento não é economicamente viável.
Ela também pode ser interpretada como um indicador que expressa a remuneração mínima que um investimento precisa oferecer para que ele valha a pena economicamente.
Como calcular a Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?
Não existe fórmula para cálculo da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou Taxa Limite, como é conhecida por alguns.
Geralmente, a TMA é definida com base nas principais taxas de juros praticadas no mercado financeiro.
O investidor escolhe uma taxa de referência e determina-a como taxa mínima para correr aquele risco.
O objetivo é bem simples – prever se o retorno de um investimento será maior do que os seus custos – custo de capital e custo de oportunidade.
As principais taxas utilizadas para o cálculo da Taxa Mínima de Atratividade são:
Taxa Referencial (TR) – utilizada para remunerar alguns investimentos de renda fixa, como a poupança; para atualizar financiamentos imobiliários; e para remunerar o saldo do FGTS, a TR já desempenhou o papel que hoje é o da Taxa Selic.
No cenário atual, a TR não rende a inflação (IPCA) na maioria das vezes.
Taxa Básica Financeira (TBF) – utilizada para correção de valores e aplicações financeiras, como o FGTS, por exemplo, a TBF se baseia no custo médio das operações financeiras efetuadas no mercado. Essa taxa pode servir também como base para a Taxa Referencial.
É a partir da média ponderada dos RDBs e CDBs prefixados que o valor da TBF é calculado. E essa taxa é atualizada a partir dos relatórios que as instituições bancárias geram mensalmente, referentes ao mês anterior.
Taxa de Longo Prazo (TLP) – em vigor desde 2017, essa taxa é usada para definir o rendimento mínimo esperado por empréstimos realizados pelo BNDES.
A previsão é de que a TLP se equipare ao rendimento do NTN-B (Tesouro IPCA+), um dos títulos da dívida pública emitido pelo Tesouro Nacional, até o ano de 2022.
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) – provavelmente esta é a taxa mais importante a se considerar na hora de escolher qual investimento fazer. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e representa o “valor” do dinheiro no mercado financeiro.
Quem investe em renda fixa costuma manter a Selic como referência para calcular o rendimento das suas aplicações e para saber se o rendimento está alcançando a lucratividade mínima necessária.
No entanto, a Taxa de Atratividade Mínima é variável e dependerá de diversos fatores, um deles é a propensão ao risco que cada pessoa ou entidade está sujeita.
TMA e a TIR – qual relação entre essas taxas
Para interpretar corretamente a TMA você precisará compará-la com algum outro indicador, correto?
Correto! Muitos usam a taxa interna de retorno para fazer essa comparação. Podemos definir a TIR como a taxa que remunera o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projeto, ao longo da sua vida útil.
São três, os cenários possíveis:
Hipótese 1 – a taxa interna de retorno maior do que a taxa mínima de atratividade – é o melhor cenário, visto que supera o mínimo de retorno esperado pelos investidores;
Hipótese 2 – a taxa interna de retorno igual à taxa mínima de atratividade – o retorno é igual ao mínimo desejado, portanto os investidores devem decidir a viabilidade ou não do investimento;
Hipótese 3 – a taxa interna de retorno menor do que a taxa mínima de atratividade – o retorno é inferior ao desejado, portanto torna-se inviável o investimento.
Assim sendo, quanto maior a taxa interna de retorno melhor é a expectativa sobre aquele investimento. Porém, a taxa de atratividade mínima é variável e poderá depender de outros fatores, um deles é a propensão ao risco que cada pessoa ou entidade está sujeita.
Exemplo de uso da Taxa Mínima de Atratividade
Um investidor tem em mãos três propostas de investimento em que a taxa interna de retorno anual será de 15%, 8% e 10%. Sabendo que o investir possui recurso para investir somente em um projeto e que a taxa mínima de atratividade deseja é de 9%, qual é o melhor projeto de investimento?
Como vimos, quanto maior a taxa interna de retorno melhor será o investimento, ou mais rentável. Por isso, a melhor opção de investimento é a primeira opção, visto que apresenta a maior taxa interna de retorno.
Apesar de todos os projetos apresentarem retornos positivos, a opção menos rentável (8%) remunera abaixo da taxa mínima esperada.
Vantagens e desvantagens do uso da TMA
A TMA pode apresentar alguns aspectos positivos na sua aplicação. Veja a seguir:
A principal vantagem do uso da taxa mínima de atratividade é ter subsidios para a tomada de decisão. Ela pode ser usada de forma prática para determinar se um investimento é viável ou não.
Se um investimento for considerado importante, do ponto de vista estratégico, possa ser que o cálculo sirva apenas para avaliar se vale mesmo investir em determinado negócio e arcar com o prejuízo para evitar perder mercado para concorrentes, por exemplo.
Outra vantagem a ser considerada é a facilidade de cálculo da taxa, uma vez que ela pode ser facilmente encontrada em periódicos e publicações on-line.
Além de apresentar prós, o TMA também possui contras. Confira!
A Taxa Mínima de Atratividade apresenta apenas uma estimativa de valores, sendo seu uso subjetivo. Para compor a tma são usadas taxas
Outro ponto negativo da tma é a possibilidade de abandono de investimentos rentáveis caso a taxa minima desejada seja alta demais (ou mal dimensionada).
Além da taxa super dimensionada, o que trás uma certa subjetividade a tma, bons investimentos também podem ser descartados caso o foco seja apenas no curto prazo. Isso ocorre quando o investidor, pessoa ou entidade, se posicione de forma mais conservadora e entenda a taxa limite como uma regra inquebrável.
Em alguns casos, pode valer a pena correr determinados riscos a curto prazo para obter maiores ganhos. E pode ser que apenas com o uso da Taxa Mínima de Atratividade não seja possível mensurar corretamente essa oportunidade de ganhos.
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Fontes de pesquisa e de referência
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Taxa Mínima de Atratividade (TMA). In: Dificio – seu dicionário on-line de termos de finanças, investimentos e contabilidade, 2022. Disponível em: <https://www.dificio.com.br/taxa-minima-de-atratividade-tma>. Acesso em: dia, mês e ano.