Espaço ou local do sistema produtivo onde se realiza a combinação dos fatores de produção — terra, capital e trabalho —, com o objetivo de gerar bens e serviços destinados ao mercado. No estágio atual do desenvolvimento econômico, a principal unidade de produção é a empresa industrial (fábrica). É esse tipo de unidade de produção que caracteriza o setor secundário da economia. No setor primário, de natureza agrícola, a unidade de produção é representada pela fazenda; no ramo extrativo desse mesmo setor, a unidade de produção corresponde às minas ou aos núcleos madeireiros. No setor terciário, as unidades de produção são características das empresas de transporte e armazenagem. Cada unidade de produção ou empresa administra e controla os fatores de produção de acordo com seus objetivos, e isso determina os métodos e processos organizacionais que lhe são particulares. No capitalismo, por exemplo, a unidade de produção caracteriza-se por ser uma propriedade privada, voltada para alcançar o lucro máximo. Manifesta-se, consequentemente, como uma organização hierarquizada, cuja orientação da produção está a cargo do proprietário ou de indivíduos por ele designados. Nas condições de uma economia socialista (na qual não existe a propriedade privada e a direção da produção geral encontra-se nas mãos do Estado), as unidades de produção perdem seu caráter concorrencial (próprio da iniciativa privada) e desempenham suas atividades de acordo com a orientação determinada pela planificação centralizada de todo o processo produtivo: produção, distribuição e consumo. Esse princípio orienta também a criação ou implantação de novas unidades de produção. Nesse sentido, pelo menos no plano teórico, as unidades de produção numa economia socialista apresentam-se como partes solidárias de uma complexa totalidade produtiva, voltada para a satisfação de necessidades coletivas, e não para a obtenção do lucro máximo. Ainda de acordo com o esquema teórico, o caráter social dos fins de produção no socialismo também orienta os métodos de administração e controle da produção no âmbito da empresa. Isso deveria ser também uma função do conjunto dos agentes produtivos: do diretor da fábrica ao corpo de trabalhadores. No entanto, na maioria dos casos, a prática se insurge contra a teoria. O predomínio de métodos burocráticos de administração, a ausência do controle coletivo da gestão econômica, no plano da unidade de produção, são comportamentos criticados e denunciados frequentemente por muitos teóricos marxistas. E segundo esses críticos, tal procedimento contribui para o insucesso de muitos empreendimentos industriais nos países socialistas. Veja também Capitalismo; Indústria; Setores de Produção; Socialismo.