Desenvolvimento de um país à custa de seus próprios meios, sem que se crie uma situação de dependência em relação a outros mais desenvolvidos. Teoricamente, para o desenvolvimento de um país é preciso mobilizar o excedente potencial de sua economia, encaminhando-o para setores prioritários, de cujo crescimento depende todo o resto (indústrias de base, transporte, energia etc.). Para muitos estudiosos, apesar da crença de que os países subdesenvolvidos, por serem pobres, não possuem capital suficiente para sustentar seu próprio desenvolvimento, isso não se justifica. Nesses países há considerável perda de recursos, sob a forma de exportação de capitais, importações desnecessárias, desenvolvimento de setores não prioritários, gastos militares excessivos, desemprego e subemprego, o que, em princípio, poderia ser evitado. Os recursos assim poupados constituem um excedente acumulável, que, uma vez reinvestido, tende a reproduzir-se e aumentar. A verdadeira dificuldade está em mobilizar esse excedente, pois a interferência no uso desses recursos costuma contrariar interesses que, muitas vezes, se encontram representados com muita força junto ao poder.