O dilema dos prisioneiros é o jogo de estratégia mais conhecido das ciências sociais. Ele ajuda-nos a compreender o que rege o equilíbrio entre a cooperação e a competição nos negócios, na política e nos ambientes sociais.
O termo está relacionado com a teoria dos jogos e a teoria da decisão, e refere-se ao caso em que criminosos são submetidos a um interrogatório em separado. Cada criminoso sabe que se ninguém confessar sobre a participação própria e dos demais no crime, ele será libertado ou no máximo terá uma pena muito pequena. Mas se um deles confessar, e os demais não o fizerem, esse um poderá ser libertado, enquanto os outros sofrerão pesadas penas. Se todos confessarem, todos receberão penas, embora menos severas do que se apenas um confessar. O incentivo, nesse caso, para o indivíduo racional é confessar e deixar os demais sofrerem as consequências. Porém, se todos forem racionais e agirem desta forma, o resultado para todos será pior do que seria se todos pudessem entrar num acordo prévio para ninguém confessar. Este caso busca ilustrar como o comportamento racional no âmbito microeconômico pode produzir um resultado aparentemente irracional na esfera macroeconômica. Veja também Equilíbrio de Nash; Teoria dos Jogos.
Na versão tradicional do jogo, a polícia prendeu dois suspeitos e os interrogou em salas separadas. Cada um pode confessar, implicando o outro, ou ficar em silêncio. Não importa o que o outro suspeito faça, cada um pode melhorar sua própria posição confessando. Se o outro confessa, então é melhor fazer o mesmo para evitar a sentença especialmente dura que aguarda uma resistência recalcitrante. Se o outro se calar, pode-se obter o tratamento favorável concedido a uma testemunha estatal, confessando. Assim, a confissão é a estratégia dominante (ver teoria dos jogos) para cada. Mas quando ambos confessam, o resultado é pior para ambos do que quando ambos ficam calados. O conceito do dilema dos prisioneiros foi desenvolvido pelos cientistas da RAND Corporation, Merrill Flood e Melvin Dresher, e foi formalizado por Albert W. Tucker, um matemático de Princeton.