Hipótese segundo a qual o mercado de trabalho estaria dividido em dois setores, o primário e o secundário. Os bons empregos, isto é, aqueles que proporcionam bons salários, perspectivas de promoção, segurança, benefícios e vantagens, constituiriam o setor primário; e os empregos ruins, destinados aos que não conseguem entrar no primeiro, constituiriam o setor secundário. Neste último, os salários seriam formados pela competição e existiriam postos de trabalho para todos. A entrada no setor primário não se daria tanto pela falta de capital humano e treinamento, mas por fatores institucionais como a discriminação, a prática restritiva de sindicatos e pela simples escassez relativa de empregos bem remunerados. A solução para o problema não adviria apenas pela remoção dos obstáculos institucionais, mas também pela criação de empregos mais bem remunerados. Esta concepção entra em choque com a visão neoclássica, que interpreta as desvantagens no mercado como um resultado de deficiências nos invesstimento em capital humano. Veja também Capital Humano.