O conceito de Imposto de Renda negativo surgiu como um dos mecanismos de transferência de renda inseridos no plano mais geral dos esforços de reformas dos sistemas de bem-estar, durante os anos 60, nos Estados Unidos. Os ancestrais desse programa devem ser encontrados, no entanto, na Lei dos Pobres, na Inglaterra, durante o século XIX, e no Dividendo Social promovido por lady Rhis-Williams, também na Inglaterra, depois da Segunda Guerra Mundial. Embora o termo tenha sido criado por Milton Friedman, ao apresentar um esquema sintético do sistema no seu livro Capitalism and Freedom (Capitalismo e Liberdade), 1962, o Imposto de Renda negativo tem sido preocupação de economistas convencidos da necessidade de ampliar transferências como uma componente da redução da pobreza, em vista da ineficácia dos programas então existentes. A ideia básica do Imposto de Renda negativo é fixar um nível de renda mínimo, e todos aqueles que não alcançassem esse nível receberiam uma quantia em dinheiro para complementar sua renda. Outros benefícios que visam o bem-estar e são concedidos in natura aos mais pobres seriam substituídos, inclusive para reforçar o fundo que viabilizasse financeiramente o programa.