Iniciais de Ministry of International Trade and Industry (Ministério da Indústria e do Comércio Exterior), denominação em inglês das palavras Tsusancho ou Tsusan Sangyo Sho, que designam este ministério no Japão. Ele é conhecido popularmente por suas iniciais em inglês Miti e foi constituído em 1949 mediante a fusão do Ministério do Comércio e Indústria e da Junta de Comércio. Este ministério, embora empregue um número relativamente pequeno de funcionários, teve e continua tendo grande importância no processo de industrialização do Japão e na notável expansão de suas exportações depois da Segunda Guerra Mundial, pois desde o princípio os dirigentes japoneses consideraram a promoção do seu comércio internacional seu principal objetivo. Para que tal objetivo pudesse ser alcançado, seria indispensável a racionalização das empresas e a incorporação do progresso técnico. E o Miti, por meio de vários mecanismos, entre os quais se destaca a “indução administrativa”, conseguiu realizar grande parte dos objetivos propostos. O Miti tem elaborado políticas para que as indústrias decadentes ou declinantes (em termos da concorrência internacional) sejam recicladas ou redirecionadas para outros produtos. Ao mesmo tempo tem deliberadamente passado ao largo da Lei Antimonopólio, para permitir que certas indústrias possam se racionalizar, incorporar, criar novas tecnologias e enfrentar melhor a concorrência internacional. Até meados dos anos 60 o Miti adotou uma política alfandegária com tarifas restritivas à entrada de produtos estrangeiros que pudessem competir com aqueles de suas indústrias nascentes. Ao mesmo tempo restringia os investimentos estrangeiros diretos no Japão até o início dos anos 80. A partir de então, devido às pressões do governo norte-americano e também porque estava intensificando seus investimentos em outros países do mundo, o Japão começou a abrir seu mercado a produtos e a investimentos diretos estrangeiros, ao mesmo tempo restringindo voluntariamente suas exportações de automóveis e de aço, especialmente em relação ao mercado norte-americano, embora o Miti tenha mantido as barreiras não tarifárias ao comércio exterior. No início dos anos 90, devido ao persistente superávit comercial japonês, especialmente com os Estados Unidos, a pressão estrangeira aumentou, e o Miti tem promovido campanhas para o incremento das importações e para que a população aumente seus níveis de consumo, agindo de forma exatamente oposta à de décadas passadas, quando a ênfase era no aumento da produção e na expansão das exportações. Com a crescente liberalização da economia japonesa e a internacionalização de suas corporações, a influência do Miti sobre a economia japonesa como um todo — particularmente em relação às grandes corporações — tem de certa forma diminuído. O Miti possui algumas agências ou departamentos encarregados de assuntos especiais, como a Agência Industrial de Ciência e Tecnologia, a Agência de Recursos Naturais e Energia, o Escritório de Patentes e a Agência de Pequenas e Médias Empresas. Veja também Gyosei Shido; Keiretsu; Zaibatsu.