Para Adam Smith, valor de troca é a faculdade que a posse de determinado objeto oferece de comprar com ele outras mercadorias. Valor de troca é a capacidade de obter riquezas. Para explicá- lo, Smith parte da concepção de que a troca das mercadorias é, na realidade, a troca do trabalho necessário para a produção dessas mercadorias. Embora o valor de troca de determinado bem seja dado pelo trabalho que nele foi empregado, o que acontece é que esse valor nas mercadorias é estimado pela quantidade de moeda que o possuidor recebe em troca dele. No entanto, o valor da moeda varia como o de qualquer outro bem; quanto menos trabalho custe para produzi-la, menos trabalho pode comprar. Não constituem, portanto, medidas fidedignas do valor de outras mercadorias. Portanto, o valor de troca é o preço real dessa mercadoria, em contraposição a sua expressão monetária. Considerando-se uma sociedade de produtores livres e independentes, todos se reunirão no mercado para realizar a troca de suas mercadorias. Para cada um deles, a riqueza é a soma dos valores de uso que estão a sua disposição. Se o indivíduo fosse isolado, essa riqueza dependeria do trabalho por ele executado. Numa situação mercantil, a riqueza depende do trabalho contido nas mercadorias produzidas pelos outros e que o sujeito em causa pode obter, trocando por elas suas próprias mercadorias. Para Ricardo, valor de troca são as relações entre as quantidades de trabalho contidas nas mercadorias. Para Marx, o valor de troca é determinado pela quantidade de trabalho contida na força de trabalho, ou seja, pelo trabalho socialmente necessário para produzir os meios de subsistência, em determinado momento histórico. Na teoria subjetiva de valor, Menger define valor de troca como a importância que determinados bens têm para os indivíduos. Isso porque a propriedade desses bens lhes permite satisfazer suas necessidades por meio da troca deles. Veja também Valor; Valor de Uso.