Período da história econômica do Brasil em que a cultura açucareira era a principal atividade produtiva da colônia. As primeiras mudas de cana-de-açúcar foram trazidas da ilha da Madeira, em 1502, e em meados do século XVI as plantações canavieiras se estendiam por grandes extensões do litoral brasileiro, concentrando-se sobretudo em Pernambuco e na Bahia. Na metade do século XVII, o Brasil era o maior produtor mundial de açúcar, mas gradativamente perdeu essa posição para as concorrentes mundiais, particularmente as Antilhas. Embora nunca tenha desaparecido no Brasil colonial, a cultura canavieira foi substituída no século XVIII como principal fonte de renda da colônia pela atividade mineradora, que deu origem ao Ciclo do Ouro. O comércio açucareiro, segundo as normas do Pacto Colonial e da política mercantilista, era monopólio da Coroa e toda a produção, destinada ao mercado externo. Em decorrência disso, a economia canavieira moldou no Brasil uma sociedade que correspondia aos objetivos de sua produção: os engenhos localizavam-se em latifúndios e a mão de obra empregada, o escravo negro, tornar-se-ia a base da economia brasileira até o final do século XIX. Praticamente não existia uma camada social intermediária entre o senhor e o escravo, o que configurava uma sociedade tipicamente patriarcal.