Expressão cunhada pelo ex- presidente dos Estados Unidos D. Eisenhower, para designar a íntima associação que existia entre as empresas produtoras de material bélico, os altos comandos militares e líderes políticos norte-americanos. O complexo industrial militar representava, na denúncia feita por Eisenhower, o conjunto das forças sociais e políticas que detinham a hegemonia da sociedade norte-americana, influenciando decisivamente os rumos de sua vida política, econômica e as relações com o exterior, sobretudo com a União Soviética. Para muitos analistas que assumem posição crítica em relação ao complexo industrial militar, esse sistema articula-se no sentido de impulsionar cada vez mais “a economia armamentista permanente”. Além do aspecto puramente político — segurança nacional —, a corrida armamentista não corresponde apenas aos interesses das companhias produtoras de armamentos, mas representa, em certa medida, uma saída para as crises cíclicas inerentes à economia capitalista. É uma tese polêmica e preocupou sobretudo teóricos marxistas, de Rosa Luxemburgo a Ernest Mandel.