Conceito formulado por Karl Marx ao analisar o processo de produção capitalista. Consiste na relação entre o valor do capital constante e do capital variável, cujas variações se fazem sentir na modificação da taxa de lucro. A composição orgânica do capital resulta da relação de proporcionalidade existente entre o capital constante (c) e o capital variável (v), expressa na fórmula Coc = c / c + v. Ela será tanto mais elevada quanto maior for a parcela de capital constante em relação à parcela de capital variável. Se o capital variável aumentar, mas o capital constante apresentar um crescimento mais intenso (o que normalmente acontece), ocorrerá uma elevação da composição orgânica do capital, com efeitos na taxa de lucro. No mundo atual, a tendência das empresas capitalistas orienta-se no sentido de elevar a composição orgânica do capital, com maior utilização de maquinarias e utensílios e um consumo maior de matérias-primas (elementos que compõem o capital constante); em contrapartida, vem ocorrendo uma queda relativa no volume de mão de obra utilizada (capital variável). Para compreender a relação da composição orgânica do capital com a taxa de lucro, devem ser consideradas a rotação de capital e a taxa de mais-valia. Tendo isso em vista, pode-se afirmar que quanto mais alta for a composição orgânica do capital, menor será a taxa de lucro, e quanto mais alta for a mais-valia e mais intensa a rotação do capital, maior será a taxa de lucro. Assim, pode- se dizer que a taxa de lucro varia na razão direta da taxa de mais-valia e da rotação do capital, e na razão inversa da composição orgânica do capital. Veja também Mais-valia; Rotação do Capital.