Relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas mercadorias, em função das alterações verificadas em seus respectivos preços. De acordo com esse conceito, as mercadorias podem ser classificadas em bens de demanda inelástica ou fracamente elásticas, e bens de demanda fortemente elástica. Os primeiros englobam os bens de primeira necessidade, indispensáveis à subsistência diária da população. O sal é o mais característico entre os bens de demanda inelástica. Consumido em pequenas quantidades, mas tratando-se de ingrediente indispensável à alimentação cotidiana, as alterações no preço do sal praticamente em nada afetam sua procura. Entre os bens de demanda inelástica, encontram-se também alguns produtos de luxo, utilizados pela camada mais rica da população, que continua comprando esses artigos, mesmo que os preços se elevem bastante. Os bens de demanda fortemente elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência da população, sendo geralmente utilizados pelos setores médios da sociedade. Selecionados cuidadosamente pelos consumidores, uma elevação do preço desses artigos acarreta imediata diminuição da demanda. Demanda fortemente elástica caracteriza também os artigos que podem ser, sem problemas, substituídos por outros produtos similares. Existem duas categorias de elasticidade: 1) elasticidade perfeita, quando uma diminuta mudança nos preços provoca grande alteração no consumo; 2) elasticidade imperfeita, quando uma mudança no preço não interfere na quantidade do consumo. A elasticidade também pode ser definida de forma matemática, como medida da força de reação de uma grandeza econômica tomada como variável independente. Assim, a reação de uma grandeza, quando a outra se altera, é expressa pela variação relativa da variável independente. Se duas grandezas econômicas, a e b, se relacionam segundo a equação b = f(a), designa-se por N a elasticidade de a em relação a b. O conceito de elasticidade estendeu-se a outros campos do estudo econômico, passando a englobar a elasticidade de custos, a elasticidade-renda, a elasticidade de produção e outras. Atualmente, é bastante utilizado em estudos de mercado, especialmente naqueles em que há uma preocupação com a análise da procura, que engloba a elasticidade-preço, a elasticidade-renda e a elasticidade mista. Nesses casos, tomando-se o preço como variável dependente da demanda ou da oferta, pesquisa-se a elasticidade do preço em relação à oferta e à demanda. Em alguns estudos teóricos, é utilizado o conceito de elasticidade de substituição, que é a relação entre as variações relativas dos preços e quantidades de dois bens de consumo ou dois fatores de produção.