O termo fractal tem origem na palavra latina fractus que significa quebrado, descontínuo ou irregular. Essa nova abordagem de quantificação de fenômenos da natureza cujo formato é irregular foi criada por Benoit Mandelbrot, matemático francês radicado nos Estados Unidos, o qual, baseado em estudos anteriores de Poincaré, Verhulst e Kolmogorov e auxiliado por computadores, elaborou as primeiras fórmulas matemáticas que resultaram em fractais. Suas primeiras descobertas foram publicadas no livro Les Objects Fractales: Forme, Hasard et Dimension (Objetos Fractais: Forma, Acaso e Dimensão), republicado em 1977 com o título The Fractal Geometry of Nature (A Geometria Fractal da Natureza). Esse caráter fractal da natureza, no qual os fenômenos não possuem a regularidade do círculo, do retângulo, do quadrado ou do triângulo, poderia ser reproduzido por meio de fórmulas matemáticas. Os fractais combinam elementos de autossemelhança, isto é, em qualquer escala em que apareçam suas dimensões guardam sempre as mesmas proporções (também chamada invariância por escala) e dimensões fracionadas. Essa forma de medir com maior precisão fenômenos naturais como a dimensão de flocos de neve, volume de tumores, tamanho de galáxias, área de folhas de samambaia, perímetro de litorais, começa atualmente a ser aplicada em economia na análise de longo prazo de taxas de juros e de câmbio e movimentos nas cotações de derivativos nas Bolsas de Valores. No entanto, essas aplicações ainda se encontram em estágios iniciais, não tendo ainda se consagrado como uma ferramenta definitiva para a análise econômica. Os fractais mais conhecidos são os de Mandelbrot, Serpinski e Júlia. Veja também Teoria do Caos.