Instrumental teórico integrado usado na análise dos fenômenos econômicos. Cada escola econômica dispõe de um método, um conjunto de conceitos adequados ao objeto de seu estudo e em acordo com a orientação adotada. Assim, o pesquisador procura, no decorrer de seu trabalho, distinguir o essencial do acessório em determinada realidade econômica, conforme a metodologia que adotou. A questão do método é o ponto inicial de diferenciamento entre as correntes de pensamento, pois condiciona todo processo de análise. Como nos demais campos do conhecimento científico, em economia existem dois métodos básicos para abordagem da realidade: o dedutivo e o indutivo. O método dedutivo parte da abstração e, por meio da dedução lógica, procura chegar à essência dos processos econômicos, formulando suas leis mais gerais, que serão comprovadas nos casos particulares concretos. Foi esse método de investigação que caracterizou a escola clássica. O método indutivo parte dos aspectos particulares de um fenômeno, procurando chegar ao geral. Vai do fato à lei. Apesar dessa diferença, muitos autores sustentam que um método não exclui o outro: tanto o dedutivo quanto o indutivo são utilizados de forma coerente e criativa por vários analistas de economia, que procuram buscar na realidade empírica o fundamento de suas abstrações. Esse procedimento, chamado de “aproximações progressivas”, é também uma forma de relacionar o âmbito da lógica com o da história. Os dois métodos básicos aparecem em cada um dos métodos específicos adotados em cada escola econômica, de acordo com os objetivos do analista e com o método específico que usa: histórico, dialético, matemático, estatístico ou psicológico. É conforme a abrangência do método empregado em determinada investigação que certos fenômenos perdem suas características meramente econômicas, à primeira vista, para se integrar no quadro geral da história e até mesmo da política.