Doutrina que visa à afirmação nacional nos planos político, econômico e cultural. A origem do nacionalismo moderno está na formação dos Estados Nacionais no final da Idade Média. Tinha base étnico-cultural e sua contrapartida econômica era o mercantilismo praticado pelas monarquias absolutistas. Durante a Revolução Industrial, a atitude nacionalista das grandes nações ou impérios burgueses correspondeu aos interesses da expansão econômica imperialista, e no século XIX se exacerbou até o exagero chauvinista. Esse nacionalismo acentuou-se na disputa das potências por novos mercados, atingindo seu apogeu com a eclosão da Primeira Guerra Mundial e o surgimento do nazi-fascismo. Outra variante do nacionalismo desenvolveu-se após a Segunda Guerra Mundial entre as economias periféricas, envolvendo as nações colonizadas da Ásia e da África e encontrando também ressonância na política populista da América Latina. Esse novo nacionalismo afirma seu compromisso não com o passado, mas com a construção do futuro político- econômico das jovens nações. Defende a nacionalização das riquezas naturais e a construção da economia sob a égide do Estado, visto como encarnação das aspirações nacionais. Nesse sentido, combate a política imperialista das grandes nações industrializadas, a ação dos monopólios multinacionais, a dependência financeira e tecnológica do Terceiro Mundo. A partir dos anos 60, a questão nacional tornou-se elemento de preocupação, fundamentalmente dos movimentos populares e revolucionários de cunho socialista. Veja também Estados Nacionais.