Transferência de uma empresa de propriedade particular para a propriedade ou controle do Estado. Em geral, as constituições dos países capitalistas delimitam as condições em que a nacionalização pode ser feita, procurando dessa forma resguardar a iniciativa privada, como principal interessada no controle do processo produtivo. Esse procedimento tem sido empregado em todos os países que empreenderam a revolução socialista, em que o Estado se tornou o principal controlador e proprietário dos meios de produção. No Brasil, usa- se de preferência o termo estatização com o significado de nacionalização, enquanto esta última expressão serve para designar a encampação, pelo Estado, de uma empresa estrangeira. São inúmeras as razões que justificam a nacionalização de empresas particulares pelo Estado: para garantir a eficiência produtiva de uma empresa em dificuldades financeiras; para conter crises setoriais, por questões de segurança nacional, no sentido de evitar a expansão do capital estrangeiro no país; para assegurar recursos ao Estado; para proporcionar melhor atendimento ao público, quando se trata de empresas de serviços, ou ainda no caso de empreendimentos que não apresentam um rendimento imediato aos empresários privados. Os setores mais atingidos pelas nacionalizações são os de serviços (saúde, educação, energia, comunicações, transportes, bancos), no caso de países altamente desenvolvidos, enquanto nos países subdesenvolvidos as nacionalizações têm ocorrido nos setores básicos da economia: siderurgia, mineração, extração petrolífera. Veja também Socialismo.