Teoria monetária de origem medieval, que acabou por repercutir na teoria econômica moderna. Baseava-se no pressuposto de que o valor da moeda não derivava de sua natureza ou de uma situação de mercado, mas da chancela do príncipe ou senhor que a cunhava. Ela seria parte integrante dos domínios do senhor e poderia ter seu valor alterado segundo os interesses do príncipe. Consagrado pelo direito canônico, o nominalismo foi severamente criticado em 1366 por Nicolas de Oresme, conselheiro do imperador Carlos V. Ele dizia que a moeda deveria pertencer à coletividade para a qual ela é feita e, enquanto instrumento de valor, não deveria sofrer alterações. Isso só poderia ocorrer em função do movimento geral no nível dos preços. O nominalismo ressurgiu na Alemanha por intermédio da obra de G. Knapp, em 1905, para quem o Estado é o criador do valor social da moeda. Seu valor é então fruto de uma decisão política: o Estado respaldava um sistema monetário despido de base metalista. M.E. James e outros estudiosos viram as medidas preconizadas por J.M. Keynes (a intervenção direta do Estado na economia para manter o equilíbrio monetário) como uma versão moderna da teoria do nominalismo. Veja também Dinheiro; Valor Nominal; Valor Real.