Programa de recuperação europeia lançado em 1947 pelo secretário de Estado norte-americano George C. Marshall, com o objetivo de reconstruir, com a ajuda financeira dos Estados Unidos, a economia da Europa Ocidental arruinada pela Segunda Guerra Mundial. Executado no período 1948-1951, o programa abrangeu os dezesseis países que se reuniram na Conferência de Paris (1947) para fundar, no ano seguinte, a Organização para a Cooperação Econômica Europeia, encarregada de viabilizar a integração dos planos de seus membros num âmbito global. De acordo com o plano, cabia aos Estados Unidos o controle da política monetária e fiscal dos países em questão durante o período. Os maiores beneficiários foram a Inglaterra (24%), a França (20%), a Alemanha Ocidental (11%) e a Itália (10%). No total, os Estados Unidos liberaram cerca de US$ 11,5 bilhões, em forma de empréstimos, equipamentos e abastecimento. Mesmo depois de 1952, quando terminou o plano, a ajuda norte-americana prosseguiu para atender a problemas de balanço de pagamentos e de escassez de dólares (dollar gap). Idealizado e executado no auge da guerra fria, quando os Estados Unidos punham em prática a Doutrina Truman, o Plano Marshall, além de reconstituir e desenvolver o aparelho produtivo europeu, abriu caminho para a penetração do capital norte-americano na Europa e serviu de obstáculo à expansão comunista na região, particularmente na Itália e na França. Paralelamente, processou-se o rearmamento da Europa Ocidental.