Situação em que a demanda de trabalho é igual ou inferior à oferta. Isso significa que todos os que desejarem vender sua força de trabalho pelo salário corrente terão condições de obter um emprego. Em termos mais globais, pleno emprego significa o grau máximo de utilização dos recursos produtivos (materiais e humanos) de uma economia. Numa economia dinâmica é muito difícil que ocorra a eliminação total do desemprego, pois: 1) há atividades — como a agricultura — que não ocupam continuamente a mesma força de trabalho (desemprego sazonal); 2) é necessário certo tempo para que as pessoas troquem de emprego (é o chamado desemprego friccional); 3) além disso, certas pessoas podem optar por viver desempregadas. Por essa razão, considera-se haver uma situação de pleno emprego quando não mais que 3 a 4% da força de trabalho está desempregada. (A propósito, a taxa de desemprego mais baixa verificada nos Estados Unidos foi de 1,2% em 1944, quando toda a economia estava fortemente mobilizada para o esforço de guerra.) A conquista e a manutenção de um nível de pleno emprego são um importante fator de crescimento econômico, acompanhadas da elevação do padrão de vida da população (para que uma demanda total aumente ao mesmo nível da expansão da capacidade produtiva). Os governos podem aplicar uma política de pleno emprego por meio de recursos fiscais (por exemplo, incentivos e empreendimentos geradores e multiplicadores de emprego) e monetários (direcionamento dos créditos, destinação de verbas). Desde a grande crise de 1929 e, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial, o pleno emprego tornou-se um objetivo nacional dos grandes países industrializados, como a Inglaterra (a partir da recomendação do Plano Beveridge, de 1942) e os Estados Unidos (desde a implantação do New Deal e, particularmente, com a aprovação da Lei do Emprego, o Employment Act, de 1946). Veja também Desemprego; Emprego.