Em todas as sociedades escravistas, os escravos fugidos organizaram sua resistência em comunidades mais ou menos afastadas denominadas quilombos ou mocambos no Brasil e “palenques” nas regiões de colonização espanhola da América. Esses quilombos tiveram uma longa duração no Brasil e, em algumas regiões, se transformaram em centros econômicos que mantinham relações comerciais estáveis e passaram a ser centros de atração não apenas de escravos fugidos, mas também de índios e de brancos fora da lei. Os quilombos exploravam a agricultura, a mineração (nas áreas mineiras) e também o extrativismo vegetal, especialmente o corte de lenha para o abastecimento dos centros urbanos. No entanto, em alguns casos, os quilombos se utilizavam do saque de áreas vizinhas estabelecendo relações de conflito. Alguns quilombos que subsistiram até a abolição da escravatura no final do século XIX tiveram participação nos movimentos abolicionistas. Os quilombos mais importantes foram o dos Palmares, o de Iguaçu no Rio de Janeiro (século XIX) e o quilombo urbano de Jabaquara na cidade de Santos.