Conjunto de riquezas naturais em estado bruto e que podem ser exploradas economicamente por um país. Constituem riquezas naturais as jazidas minerais, as bacias petrolíferas, os cursos dos rios e suas quedas, a fauna e a flora. Exploram-se inicialmente as riquezas mais abundantes e de aplicação mais fácil (madeiras, metais etc.). O desenvolvimento econômico e tecnológico criou a necessidade de novos produtos: assim, a exploração em larga escala do petróleo e dos minerais radioativos, por exemplo, só começou no século XX. Os recursos naturais distribuem-se pelo globo de maneira desigual e sua simples presença em forma bruta numa região constitui fator de desenvolvimento: é necessária a criação de uma infraestrutura industrial adequada, o que implica investimentos maciços, nem sempre realizáveis. A exploração não controlada dos recursos naturais pode provocar violentos desequilíbrios ecológicos, como a destruição de reservas florestais, a inutilização de extensas áreas de plantio e o desequilíbrio no regime das chuvas. O aproveitamento predatório das riquezas sempre existiu, mas o avanço tecnológico do século XX o fez tomar proporções inquietantes. Além disso, coloca-se atualmente a questão dos recursos naturais não renováveis, como é o caso da maioria dos recursos minerais e combustíveis: para alguns, como certos metais, a reciclagem é uma solução apontada; para outros, como o petróleo e o carvão mineral, não há reciclagem possível. Alguns recursos minerais brasileiros são bem explorados, como as quedas-d’água, cujo aproveitamento hidrelétrico no país desenvolveu avançada tecnologia. Em outros casos, deficiências de planejamento e a necessidade de investimentos extremamente altos prejudicam a rentabilidade da exploração. Veja também Reciclagem.