Processo de aumento da produtividade de cereais básicos como trigo, arroz e milho, desenvolvido a partir dos anos 50, com financiamento de institutos de pesquisa norte-americanos em áreas experimentais na América Latina e Ásia. Foi idealizado para permitir que a agricultura dos países em desenvolvimento aumentasse sua produção sem que fosse necessário mudar a estrutura da propriedade rural por meio de reforma agrária. Durante os anos 60 foram desenvolvidas, no México e nas Filipinas, novas variedades para o trigo e o arroz, que permitiram multiplicar por dois ou três os rendimentos das culturas tradicionais. No entanto, para obter esse aumento de produtividade, as culturas de grãos exigiam intensas aplicações de fertilizantes e defensivos, utilização de irrigação etc., o que demandava recursos de que os países subdesenvolvidos não dispunham. Em consequência, a Revolução Verde contribuiu para elevar a produtividade e os rendimentos da agricultura em geral nas áreas onde os processos agrícolas já eram avançados, mas não prosperou em regiões mais pobres, onde a agricultura até hoje utiliza métodos tradicionais de cultivo.