Economista japonês, obteve a graduação e a pós-graduação na Universidade de Kyoto. Seus primeiros trabalhos publicados em inglês na Kyoto University Economic Review, durante a segunda metade dos anos 30, chamaram a atenção não apenas no Japão, mas também no exterior. Seu livro Jiron Keizagaku (Teoria Econômica), 1935, recebeu um prêmio, e ele prosseguiu seus estudos em Harvard. Shibata tentou reconciliar a economia política marxista e a economia da escola de Lausanne. Ao estudar O Capital de Marx com o principal economista marxista japonês, o professor Kawakami Hagime, Kei Shibata interessou-se pela visão marxista, mas também pelo sistema walrasiano de equilíbrio geral, especialmente pela elegância de suas equações, que ele estudou sob a supervisão de Tokata Yosumo, o pioneiro da economia moderna no Japão (substituto do professor Kawakami). O primeiro trabalho de Shibata nesse sentido foi escrito em 1933, e esse texto influenciou fortemente Oskar Lange na elaboração de seu famoso artigo “Marxian Economics and Modern Economic Theory” (“Economia Marxista e a Teoria Econômica Moderna”), 1935, publicado na Review of Economic Studies. O método de Shibata foi vincular o sistema walrasiano de equações (numa forma simplificada) com os esquemas (subdivididos) de reprodução de Marx. Ele tratou o problema não do ponto de vista das dimensões do valor e da mais-valia, mas sim tomando como referências os preços e os lucros, e por meio dessa abordagem examinou o problema da transformação de valores em preços de produção e a lei da tendência decrescente da taxa de lucro. Esses trabalhos chamaram a atenção de Maurice Dobb e de Paul Sweezy. No entanto, a visão de Shibata não supunha a transformação revolucionária, mas sim que uma nova sociedade surgiria da cooperação entre trabalhadores e empresários.