Pensador positivista inglês. Antecipando- se a Darwin, desenvolveu a tese de que toda realidade (desde a material até a social e a espiritual) evoluiria à semelhança dos organismos vivos. Essa evolução seria a manifestação de um ser absoluto, que Spencer chama de Incognoscível ou Força, e não teria ponto final: cada momento seria sempre o início de uma nova desintegração. No plano político-social, o sistema spenceriano desdobra-se na tese de que são naturalmente superiores os indivíduos que se adaptam ao ambiente e dele sabem tirar proveito. A sobrevivência da espécie humana só estaria assegurada se os benefícios sociais fossem distribuídos segundo a capacidade de cada indivíduo em se autossustentar. Os que não se adaptassem seriam eliminados. Daí ser Spencer considerado o pai do chamado “darwinismo social”. Segundo essa visão, Spencer condenava qualquer intervenção do Estado nos mecanismos do mercado, considerava absolutamente desnecessários os gastos com previdência social e obras de utilidade pública. Entre suas obras, destacam-se System of Symtetic Philosophy (Sistema de Filosofia Sintética), 1862-1893, e Homem versus Estado, 1884. Veja também Darwinismo Social.