Corresponde à Internal Rate of Return e significa uma forma de medir a rentabilidade de um investimento. A rentabilidade pode ser medida de várias maneiras. A mais simples é uma comparação entre os lucros como uma porcentagem do capital empregado para obtê-lo. No entanto, essa abordagem não leva em conta o tempo necessário para esse resultado. É claro que se o lucro obtido por um capital for idêntico a outro da mesma magnitude, ele será preferível se esse resultado ocorrer num número de anos menor. Para captar essa diferença, especialmente se considerarmos os investimentos em projetos de longo prazo, é preferível usar uma abordagem que explicitamente leve em consideração os períodos em que ocorrem os fluxos de caixa de um projeto. Essa abordagem é denominada Taxa Interna de Retorno e pode ser tecnicamente definida como a Taxa de Desconto que torna o Valor Presente Líquido de um projeto igual a zero. Ou, também, a taxa de desconto ou taxa de juros i que torna o fluxo de caixa líquido j associado ao projeto um valor presente igual a zero. Se o valor presente líquido for maior do que zero, isto é, se a TIR for superior à taxa de desconto, o investimento pode ser considerado viável. Vejamos um exemplo prático: Seja o fluxo de caixa mostrado abaixo:
[INSERIR FLUXO DE CAIXA]
Foram aplicados $23.356,01 no instante “0” e serão resgatados $15.000,00 no instante “1” e $10.000,00 no instante “2”.
Calculando-se o Valor Presente Líquido (VPL), tem-se:
[INSERIR FÓRMULA]
em que j é a taxa de juros do período. Portanto, VPL é função da taxa de juros. Representando graficamente essa função, VPL=f(j), em que no eixo das ordenadas há valores de VPL e no das abscissas valores de juros, tem- se:
[INSERIR GRAFICO]
unindo os pontos determinados por (j, VPL), obtém-se uma curva que intercepta o eixo da abscissa para j igual a 5%, consequentemente, VPL = 0. Esse ponto é chamado de Taxa Interna de Retorno (TIR).
[INSERIR GRAFICO]
Conclusões: a) a taxa Interna de Retorno depende exclusivamente do fluxo de caixa, dos valores e dos respectivos instantes; b) a Taxa Interna de Retorno não está vinculada a nenhuma outra taxa e c) embora apareça a palavra “Interna” nada tem a ver com a empresa; d) nota-se que para qualquer taxa (j) inferior à Taxa Interna de Retorno o Valor Presente Líquido do fluxo de caixa é positivo mostrando que o projeto agrega valor; e) se a taxa for igual à Taxa Interna de Retorno, o VPL é nulo e portanto não há vantagens na adoção do projeto; f) Qualquer taxa superior à Taxa Interna de Retorno implica em Valor Presente Líquido negativo, mostrando que o projeto não agrega valor, devendo ser abandonado. Veja também Taxa Interna de Retorno Modificada.